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Organização


No início do ano desconfiei de onde o Flamengo estaria tirando tantos recursos para contratações milionárias como as de Gabriel (Gabigol) Barbosa e De Arrascaeta, entre outras. Depois ainda vieram Rafinha e Filipe Luís diretamente do futebol europeu. E de lá, também, importou um técnico, o português Jorge Jesus. Cogitei que estaria repetindo o Cruzeiro que, irresponsavelmente, no ano passado gastou o que não tinha e terminou por buscar um empréstimo exorbitante, em moeda estrangeira, levando alguns de seus dirigentes a serem investigados criminalmente.

Então fui buscar informações com quem estava mais entrosado com os assuntos do clube carioca. E todos foram unanimes em definir numa só palavra o que acontecia. Organização. Desde a diretoria anterior o Flamengo passara a ter uma gestão responsável. Fez o básico em reduzir custos, escalonar as dívidas e ter "os pés no chão" para o futebol. Mas o grande salto gestionário foi saber utilizar o imenso potencial de marketing e consumo da sua torcida, a maior do Brasil. Tanto direta na venda de camisetas e ingressos dos jogos, quanto indiretamente na promoção de marca e produtos dos seus patrocinadores.

Com isso, lembrei do ex-presidente do Internacional, Fernando Carvalho, que certa vez me disse ser impossível de competir com Flamengo e Corinthians a partir do momento em que se organizassem. Justamente pela força de suas torcidas.

O Corinthians até conseguiu títulos importantes como o Mundial de clubes mas, ao que parece, sem base de gestão. Haja vista a monstruosa dívida contraída com a construção de seu estádio, que imaginava ter sido presente do presidente do Brasil à época.

Já o Flamengo dá mostras de trilhar um caminho diferente. Se vai superar o extraordinário Liverpool e conquistar o Mundial, no próximo mês, não se sabe. A certeza é de que as taças do Carioca, do Brasileiro e da Libertadores já estão na galeria de troféus. Resultado dessa organização.

Foto: El País Brasil


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