Começo pelo Juventude que foi o grande vencedor da semana. Confesso que não acreditava na classificação para a Série B depois do empate de 0 a 0 em Caxias do Sul. E o que foi surpresa para mim talvez não tenha sido para o técnico Antonio Carlos Zago que soube explorar as virtudes individuais de seus jogadores e posicionou um time corajoso para vencer. E teria conseguido não fosse um descuido da barreira na falta em que o Fortaleza marcou o gol de empate. Sustentar o resultado de 1 a 1, com 60 mil pessoas torcendo contra, foi uma grande conquista. Aliás como o Juventude já fez em outras ocasiões, haja vista o “Maracanaço” na Copa do Brasil de 1999 contra o Botafogo.
Medroso
Bem ao contrário tem sido o Internacional treinado por Celso Roth. Diante do Botafogo foi, outra vez, um time escalado e orientado a não vencer. É, para não ganhar. Pelo menos foi o observado pela escalação defensiva e pelo comportamento medroso, onde Vitinho era um “menor abandonado” no ataque. O rebaixamento só não é uma realidade confirmada porque os outros que estão juntos nessa fuga, como Sport, Vitória e Figueirense, têm se mostrado iguais ou piores. Pelo visto, o torcedor colorado vai permanecer angustiado até a última rodada.
Caminho
Depois de vencer o Vitória, na Bahia, o Grêmio teve outra boa atuação diante do Atlético Paranaense, na Arena. O técnico Renato Portaluppi manteve a estrutura de meio campo com Ramiro sendo um “meia volante”. Forço, de propósito, essa expressão porque é como tem se posicionado em campo. Ampla liberdade para chegar à frente pelo lado direito e se infiltrar no ataque, mas sem se descuidar das funções defensivas, especialmente no auxílio a Edilson. O caminho para o G6 está apontado e se melhor concluir as oportunidades criadas, pode chegar até ao G4.
Prestígio
O trabalho do técnico Tite deu resultados melhores do que os esperados. Quatro vitórias em quatro jogos, sendo a de estreia por 3 a 0 fora de casa e contra o Equador que vinha entre os líderes, são números que devem ser comemorados. Mas acima disso está o futebol que a seleção apresentou. Neymar segue sendo a estrela principal mas não mais a única. Gabriel Jesus e Renato Augusto despontam como destaques em suas respectivas atribuições. Um marcando gols e outro sendo uma liderança em campo. Além de assumir o primeiro lugar das Eliminatórias, o Brasil recupera seu prestígio no futebol mundial a ponto de subir cinco posições (foi o que mais cresceu) e voltar ao Top 5 da Fifa.