A vitória do Internacional diante do Santos, em plena Vila Belmiro, tem de ser depositada no crédito do técnico Argel. Desde a escalação até às substituições. Mais do que ter dois volantes e dois armadores, foi importante a manutenção de Fabinho como titular. Ele é o único dos volantes do elenco colorado com capacidade ofensiva. Com ele se juntando na armação e se aproximando aos laterais, sempre sobra um dos armadores para se somar aos atacantes. Foi o caso das inúmeras chances de gol que tiveram, alternadamente, Gustavo Ferrareis e Andrigo. Já as substituições foram pontuais e oportunas. E não é porque Aylon fez o gol na cobrança de escanteio do Alex. Isso foi coincidência. E sim porque Andrigo e Vitinho, que jogaram bem, demonstraram cansaço e o time não podia perder o controle do jogo e a superioridade que tinha sobre o time santista. Depois, nos minutos finais, a entrada de Anselmo no lugar de Ferrareis foi uma substituição natural pra reforçar o sistema defensivo. A realidade é que o Internacional foi superior e o Santos tem de agradecer em perder só por 1 a 0.
Titular
O técnico Roger tinha duas principais missões na partida do Grêmio contra o Coritiba, na Arena. Substituir os três lesionados e manter no lugar a cabeça dos jogadores após a grande vitória (3 x 0) sobre o Atlético Mineiro, fora de casa. E saiu-se muito bem. Ao longo do jogo o que se viu foi um time consciente e concentrado no que era necessário. Além disso, a alteração fundamental foi a entrada de Everton no ataque, já que Bressan na zaga e Marcelo Hermes na lateral esquerda eram reposições naturais. Everton é um atacante de velocidade pelo flanco, que fecha em direção do gol adversário e que compõe, com a qualidade de Luan, um ataque de muita criatividade. Com ele no time, Douglas tem a possiblidade de infiltrar-se pelo meio da defesa adversária em busca do gol. Poderia ter sido mais que 2 a 0 sobre o Coritiba. Parece ser o momento de Everton ficar como titular.
Maturidade
A dupla Gre-Nal, pode-se dizer, surpreende o país neste início de campeonato por estar junta na liderança da competição. Esse é o fato diferencial. Um ou outro líder, tudo bem. Mas os dois juntos é que chama a atenção. Será que permanecem com a “gangorra” equilibrada até o final? Bem, a maturidade dessas campanhas e das próprias equipes vai ser colocada à prova nesse meio de semana. O Internacional amanhã tem um jogo daqueles que se diz traiçoeiro. O Atlético Paranaense é um time complicado, de altos e baixos. Mais do que nunca o técnico Argel vai ter de insistir na expressão “pezinho no chão”. Para os jogadores e para os torcedores que forem amanhã ao Beira-Rio. Já o Grêmio vai a São Paulo encarar, na quinta-feira, o Palmeiras que também tem alternado bons e maus momentos nessa largada. De qualquer maneira é um adversário forte e de tradição. Será importante que o treinador Roger mantenha o que deu certo. Ou seja, Everton no time.